Ativistas ambientais e indígenas representantes do longa-metragem estão a caminho dos Estados Unidos para participar do maior prêmio da televisão americana. Vencedores da categoria serão anunciados no dia 7 de janeiro de 2024. Cena do documentário ‘Território’
Divulgação
“É emocionante ver que o mundo está conhecendo a luta e se unindo nessa defesa da natureza e dos direitos humanos”.
Essa é a fala de Ivaneide Bandeira (mais conhecida como Neidinha) ao viajar para participar do Emmy Awards 2023 em Los Angeles. A ativista faz parte do elenco do documentário longa-metragem “O Território”, filmado em Rondônia, que disputa a maior premiação da televisão americana.
O Território foi indicado em três categorias ao 75° Emmy Awards:
🎬 Cinematografia excelente para um programa de não-ficção
🎥 Melhor direção para um programa de documentário/não-ficção
🏆 Mérito excepcional na produção de documentários
Os participantes e representantes do documentário Txai Suruí, Ivaneide Bandeira (Neidinha), Bitaté Uru-Eu-Wau-Wau e Gabriel Uchida viajaram nesta semana para os Estados Unidos para participar o Emmy 2023. A premiação deve ocorrer no domingo (7).
Convite para a cerimônia de premiação recebido pelos representantes do longa-metragem ‘o território’
Neidinha Bandeira
Ao g1, a ativista ambiental, Neidinha Bandeira, compartilhou a emoção de testemunhar o reconhecimento global da causa ambiental e indígena retratada no filme, além da união na defesa da natureza e dos direitos humanos.
Mudança na cerimônia da 75ª edição do prêmio
Neste ano, a cerimônia da 75ª edição irá premiar seus destaques após uma mudança no calendário: a festa foi adiada de setembro para janeiro (de acordo com as categorias), em virtude da greve dos atores e roteiristas de Hollywood.
Essa é primeira vez que o Emmy muda a data desde 2001, quando a alteração foi feita devido ao ataque terrorista de 11 de Setembro às torres gêmeas, em Nova York.
A história de ‘O Território’
O documentário mostra a luta de indígenas Uru-Eu-Wau-Wau pela defesa de suas terras. Durante 1h24m de duração, o público entra nas rotinas de Bitaté, um jovem Uru-Eu-Wau-Wau e da ativista Ivaneide Bandeira, conhecida como Neidinha.Eles ajudam a traçar a linha narrativa.
O documentário mostra como Bitaté recebe a missão de ser uma nova liderança para seu povo na luta contra o desmatamento ilegal, queimadas, invasão e grilagem.
Uma das cenas mostra o jovem liderando uma fiscalização dentro da terra indígena. Durante patrulhamento, ele e os parentes flagraram um homem armado, suspeito de invasão de terras, dentro da floresta.
Neidinha em pôster do documentário filmado em Rondônia
Reprodução
Já Neidinha é mentora de Bitaté. Ela atua ativamente na proteção da floresta e dos povos indígenas de Rondônia. Entre os pontos sensíveis mostrados em “O Território” estão os desafios impostos à segurança da família dela por causa de seu trabalho de denunciar crimes ambientais.
A morte de Ari Uru-Eu-Wau-Wau, em 2020, também é mostrada em “O Território”. Ari trabalhava registrando e denunciando extrações ilegais de madeira dentro da aldeia, pois fazia parte do grupo de monitoramento do povo indígena.
Filmado em Rondônia, documentário ‘O Território’ disputa Emmy em Los Angeles
Adicionar aos favoritos o Link permanente.